Um aprendizado diário.

"Todos os dias quando acordo, não tenho mais o tempo que passou, mas tenho muito tempo, "tenho" todo tempo do mundo"

O trecho retro descrito, de autoria do compositor e filosofo Renato Russo, diz muito acerca dos atuais dias. Vivemos um mundo de mutações, de novidades, de inovações.. Um mundo de transformações diárias de humor, de amor e também desamor..

Os dias tem corrido à passos longos, velozes e bem furiosos.. As pessoas não medem a gravidade das coisas e agem único e tão somente impulsionados por seus orgulhos.. Lembra daquela canção também de Renato Russo, nominada de "Quase sem querer?", aquele trecho que diz: "Tenho andado distraído, impaciente e indeciso, ainda estou confuso só que agora é diferente, estou tão tranquilo e tão contente.." É que se vislumbra nos dias atuais, pessoas com pensamentos duvidosos, argumentos trêmulos e frágeis, mas cruéis.. Estamos numa guerra, com batalhas diárias, devemos moldar e erguer diuturnamente nossos escudos. Quanto a vitória, que sempre seja dada aos bons!
 

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                                                                Liberdade e Justiça.. Se dão bem!?

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O que chamo de verdade..

Há algum tempo já se fala da qualidade dos relacionamentos, da qualidade dos negocios, da qualidade de uma sociedade, que em tudo faz referencia à criação de humanos por humanos. Ouço quase que diariamente dos que possuem experiencias alargadas, que quando a palavra de um homem valia tal qual seus escritos, ou ainda mais, era o tempo em que a verdade prevalecia.

E quando se fala em verdade, não é somente a verdade expressa, exposta, falada, em se tratando de relações ou fatos, mas a verdade interna, aquela que ouvimos e passamos a crer.

Eu costumo dizer que não se é grande homem, quando não são alergados seus pensamentos e quando este não possui verdade e fé em si.

Talvez seja oportuno destacar a verdade em cada fragmento acima disposto, quando a verdade real em relacionamentos sociais é sim, prerrogativa de confiança, de harmonia e porque não de boa fé...

Mas o que traz a memoria enquanto falo de verdade, é aquele que era, que é, e que de vir, que deixou à nós como herança sua palavra, para que pudessemos cumprir, mas deixou para que vivessemos, o seu amor e seu testemunho.

Eu não me canso de viver o amor com Cristo.. Eu não me canso de andar ao lado dEle, Ele é a minha verdade..

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Entre o medo e a vontade

É.. Sempre existem regras, moldes e formas de como seguir a vida.. Como percorrer caminhos já trilhados.
Eu, enquanto insigne aprendiz quis, ainda que imatura, seguir os meus proprios caminhos, meus proprios desejos e talvez sonhos.. Não vou dizer que não tive medo de fracassar na caminhada, não vou dizer que não tive medo de cair e não conseguir recomeçar de onde parei... Eu tive medo de ter medo, eu tive medo de temer, eu tive medo de tentar.. Eu como conjugado em seu tempo certo, eu tive.. Do passado, do que não mais tenho..

Hoje, sei que tudo tem seu tempo, tudo tem seu propósito..
Sigo meus passos, sigo meus sonhos, sigo meus ideais..

Sigo te buscando, Senhor..

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Um ponto de minha incerteza

Ao ingressar na carreira jurídica, diferentemente da maioria das carreiras existentes, tem-se um leque de opções profissionais. Alguns dos ditos cargos ou funções são cargos públicos - comissionados ou não -, outros, exercício da advocacia, ainda que pública, acabando por incluir-se nesta esteira na primeira definição, cabendo apontar ainda advocacia privada, assessorias, consultorias dentre outras atribuições pertinentes ao operador do Direito.




No topo do ranking dos mais concorridos cargos públicos, provenientes de concurso (uma definição até obvia) cujo status talvez tenha mais valia que a própria remuneração, está a magistratura, seja estadual ou federal, quem vereda por vias “concurseiras” anseia por um cargo, que aqui denomino topo.



Algumas pessoas por consequencia do tempo de prática obrigatoriamente de três anos, após o termino do curso, prosseguem por este oportuno tempo estudando, praticando e como é de corredio conhecimento, remotamente obtém êxito. Há quem diga que o nível altíssimo dos questionamentos em provas desta natureza tem respaldo no conhecimento aprofundado que deve ter o individuo que julgará lides, que sanará conflitos de ordem pessoal, o que se denominou de notório ou notável saber jurídico.



O desejo por tais cargos está explícito de tal forma que já existe concorrência acirrada até mesmo entre os cursinhos especializados na reciclagem técnica dos profissionais que concorrem às ditas vagas.



É importante apontar que à tais cargos não há exceção no que tange sua investidura, não há respaldo legal para indicação sem aprovação nas três fases da prova, cabendo ainda aduzir que o mesmo ocorre com outros também concorridos cargos, à saber promotoria estadual, delegados civis ou federais, auditores, dentre outros cujas cifras mensais são capazes de encher os olhos dos concorrentes.



Isso me faz lembrar de um caso polêmico ocorrido dias atrás em nossa federação. Polêmico, porque foi motivo e fundamento de várias discussões na imprensa, nas faculdades de Direito entre acadêmicos e mestres, recentes operadores do direito, pretéritos, políticos integrantes do poder legislativo em quaisquer das esferas e ainda entre integrantes da Suprema Corte.



O caso em tela trata – se de um destacado profissional jurídico, que apesar de não ter obtido êxito em seu concurso público na carreira da magistratura, ter tido problemas de ordem política fora indicado à Suprema Corte pelo Presidente da República, topo dos que iniciam a carreira com a aprovação no referido concurso. Daí surge (pelo menos em mim) uma indagação... Mas tal ato não se fundamenta em lei? Não seria aplicação do termo notório ou notável saber jurídico?



E aos que anseiam aquele espaço cujos passos percorrem o que normalmente se determina, é valido apostar exclusivamente em concursos, onde oportunamente se medem (ou pelo menos deveria medir) o nível de conhecimento? Ou carreiras em que a concorrência se apresenta exclusivamente no mercado de trabalho, onde os melhores se destacam?



A que grau se mede o “saber jurídico” nas provas objetivas aplicadas? Em que grau está o notório ou notável saber jurídico nas indicações? Assim apesar da pouca experiência, ou talvez ausência desta, fico na constância de minha ignorância imaginando qual carreira é compensatória para se alcançar o topo, se as leis são fielmente compreendidas como foram escritas e sua aplicação atinge os objetivos de seus verbetes.



Fico na incerteza, ou por melhor definição, na dúvida, quanto ao que realmente é compensatório, não só à mim, que iniciei recentemente a carreira jurídica, mas aos que já almejam ocupar “cadeiras e mesas julgadoras” ou quem sabe com transcurso do tempo o mais alto degrau, a Suprema Corte. Uma reprovação tem condão significativo em alguma carreira? Pode medir a capacidade de decidir complexas ou simples lides? Uma cassação tem poder de impedir ocupações Superiores? Temos entendido que não.



Cá estou eu a pensar em um futuro próximo e nada sabido. Tenho que aprender a arriscar, caminhar sem aquele velho receio de minhas dúvidas, até porque os erros, os repúdios e até mesmo as reprovações pouco significam em nosso futuro. Você pode discordar?

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ADORAR..

As vezes ao ouvirmos certas canções, nos fixamos na bela voz ou ainda na perfeita melodia e a letra certas vezes torna-se insignificante.. Mas no caso da que está abaixo, o conjunto tem uma sintonia perfeita.. Deus tem usado grandemente seus filhos para demonstrar de forma mais tocante a sua palavra!!! A letra é simplesmente LINDA!!!

Aproveito o ensejo para agradecer publicamente à Deus por todas as coisas que me tem concedido viver... Obrigada, Senhor.. E que por todos os meus dias eu possa ser - como tenho dito - a serva da qual o Senhor não tenha do que se envergonhar.. Que os meus dias, sejam os teus, assim como os meus planos..

Meio que sem inspiração, vou escrever algo aqui.. rsrs!!!

Sempre que pergunto ainda que aos "grandes", todos são desejosos por dias melhores.. Ainda tenho planos de um carro melhor, roupas mais confortaveis, casa melhor localizada .. Costumo dizer que a insatisfação é nata. Já dizia Renato Russo, em sua sabedoria sutil, ainda que melancolica, "lá em casa tem um poço, mas a água é muito lima".. Ei, ele disse muito limpa? Sim! Muito limpa, ou LIMPISSIMA!!!

Ele disse ainda que sinteticamente, que possuia uma fonte de agua , mas era limpa..

Raramente quando muito reclamamos,  temos motivo para tais insatisfações, cumprindo destacar que não mais que "obrigatoriamente" aqueles que verdadeiramente teriam motivos para tal, sorriem para todas as coisas..

Somos em nossa essencia murmuradores desmotivados..

Sabemos de todas as regras, descumprimos fielmente uma a uma e ainda que nos cause um certo espanto, ainda reclamamos porque as regras burladas diuturnamente por nossos atos não são cumpridas..

;)

Incrivel é acreditar que assim como você, eu também sou assim...

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Quem você pensa que é?

Ao iniciar o Curso de Direito, assim como os demais colegas, imaginava ser ainda que naquele primeiro momento uma autoridade extrema, afinal de contas estava cursando Direito. Recordo-me bem quando um dos mestres, em seu discurso de boas vindas, nos relatou: “Quando galgamos a carreira jurídica, nos deparamos com alguns entraves e fatos não admiráveis, sejam eles com pessoas, com fatos, ou mesmo com a lei” e prosseguia em suas sábias palavras, que a cada expressão nos enchia de força.
E em seu rico discurso ele seguia dizendo, que encontraríamos algumas autoridades no mundo jurídico com alguns vermes maléficos, o que denominavam em alguns pontos denominavam de “Juizite” outros de síndrome do KING OF THE KINGS (rei dos reis) e disse mais, em alguns casos poderá ser aguda. Naquele primeiro momento senti-me enojada e lembrei-me das palavras de Robert Kurz, “O poder torna as pessoas estúpidas e, muito poder, torna-as estupidíssimas” e talvez fosse essa a explicação. Mas com aquele discurso, o primeiro mestre que tínhamos contato enquanto acadêmicos não poderia generalizar em suas palavras, foi quando citou Millor Fernandes, em uma de suas célebres frases, “Toda regra tem sua exceção”, partindo dali, eu queria sê-la.

Mas, espere, inicialmente, ainda nos primeiros passos, os pensamentos estúpidos pairavam no ar de meus pensamentos também, não era como alguns dos dos contaminados pela dita verme que temos hoje, que pensam com convicção que são Deus e outros, com menos idade e experiência que tem absoluta certeza, isso mesmo que acabaste de ler, alguns tem em si a certeza de que são, o próprio Deus.

Com o transcurso do tempo, mais envolta pela realidade, já abandonando o surreal, percebi que os pensamentos insanos iniciais estavam corrompendo menos, até porque já não nos julgávamos superiores aos desembargadores e ministros, quando estávamos ainda no 5° Semestre, nos colocávamos em igual patente, já era um progresso. Mas, como temos ciência de que o tempo é o Senhor da razão, a cada semestre enquanto caiamos em nossa realidade percebíamos que nada éramos senão incansáveis lutadores e metódicos “buscadores” de conhecimento, isto porque existiam resquícios daquele pensamento primário.

E não pense você que o tempo parou, não. Hoje abandonamos o termo acadêmicos, já não nos consideramos os mais superiores dos homens da lei, ou até mesmo os fora da lei, não superiores não, nem tampouco iguais, talvez nos trataremos como colegas nos tribunais, talvez seguiremos carreiras políticas, mas pelos traumas vencidos e pelas palavras que ainda recriminávamos nos primeiros dias, ainda quando nada sabíamos, não seremos hipócritas, não seremos estúpidos, não seremos o motivo de escândalos.

Ainda que antes de qualquer coisa tenhamos feito um juramento, que talvez alguns tenham repetido sem qualquer entendimento, somos as mesmas pessoas de antes, com conhecimento técnico, com pensamento critico e principalmente com a memória do que tem nos envergonhado.

Enquanto escrevia parei em meus pensamentos e à mim fiz a seguinte indagação: E eu, quem eu penso que sou? Quem? E você quem tem certeza que é? Uma profissão, um cargo ou uma pessoa?

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Uma felicidade simples..

Hoje eu até parei pra pensar no inicio de meus textos.. Eles parecem todos iguais nas primeiras linhas.. Mas o que tenho em mente em nada se compara ao inicio deste. Uma felicidade.. Percebi ao completar 23, que a felicidade que tinha aos 14 ainda permanece na mesma esfera, apenas com utilitarios diferentes.. Não preciso de fatos incriveis pra sorrir, nem tampouco de objetos extraordinarios pra viver entusiasmada.. O imprescindivel para a tal felicidade, sou eu.. E eu estou aqui pra isso!

;)

"Viver buscando respostas em coisas que não se pode achar, é como escrever na areia em dias de tempestade.."

Não procure entender,viver excede todo entendimento..

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Indescritivel..

Esse fim de semana ao abrir as páginas do Jornal O Progresso, como sempre faço, me deparei com um dos escritos de um jovem, que impulsionado pela dor que sentira após perder o proprio pai, transcreve parte do que agora lhe era ausente..

Eu, um tanto quanto emocionada - afinal de contas, conhecia aquele homem de garra, de força e perseverança, do qual relatara aquele garoto - num impulso automatico, lembrei-me de meu velho pai e naquele momento, como também escrevera o filho, me sumiam as palavras..

Meu pai é e sempre foi um homem batalhador, lutador e ousado.. Sempre moveu além do que se denominara impossivel, para que não os seus, mas os meus sonhos fossem um dia tornados reais. O meu velho pai, abandonou uma vida de conforto (ainda que minimo), para que o meu futuro fosse milhas distantes de sua trajetoria, que percorreu todo o alfabeto de profissões, para que jamais deixasse de ser o homem digno que é..

Digno, probo e justo.. Com um coração inigualavel, tanto é verdade que deixou a paz e amor à quem tirou ainda que somente por culpa a vida de seu filho neo nato.. Este mesmo que com inesgotavel vigor e garra, que sem pensar nas consequencias, vem nos ensinando a perdoar, a amar, como se verdadeiramente não pudessemos esperar pelo amanhã..

Foi pelo seu ato de compaixão, Pai, que durante estes cinco anos eu tive força e coragem para vencer, durante estes cinco anos, Pai, eu tive um objetivo, eu aglomerava diuturnamente conhecimento, vigor - herança sua -, força, perseverança e confiança em Deus, para que todas aquelas palavras que um dia feriram à mim, enquanto proferidas contra o meu espelho, por alguém que deveria não mais que amor, um dia pudessem ser novamente ouvidas e ali sim, tomarem o rumo justo...

Mas não somos nós quem escolhemos nossas dores, nossas vitórias, nossos fracassos, nem tampouco nossos trajetos, mas um dia todos saberão que se caminhei com passos mais largos, foi fixando-me num alvo, que hoje segue outros passos, porque Deus tem melhor justiça que a nossa..

Mas enquanto fixava durante aqueles cinco anos, um objetivo, até dia 01.11 atingivel, Deus me mostrou que sempre viverei a vontade dEle e não a minha.. Isso me remete ao caso primeiro, do jovem que se auto denominou sonhador, um apaixonado pelo Pai, este sim, merecia alguns dias à mais ao lado de seu exemplo, de seu consolador, de seu Paizinho, tão estimado, Pai.. Mas, quem somos nós pra entender ? Quem somos nós para ainda estarmos vivos?

A vida não segue uma regra, não se alarga aos merecedores, nem tampouco se finda aos desmerecidos de sua extensão. A vida é assim como a morte um misterio, indubitavel misterio. E enquanto nos preocupamos com tudo quanto esta ou aquela se faz representar, a primeira passa para a ultima se aproximar..

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Repaginando.. Recomeçando..

Ai.. Sempre há algo do qual não nos agradamos.. Sejam pessoas, sejam objetos, ou problemas implicitos.. Incrivel é parar pra pensar em nossa propria mente.. Quantos erros cometemos, quando por nossa propria força, a impulsionamos por algum caminho que ela mesmo nos atesta ser incorreto.. E após tal irretratavel trajetoria, a mesma mente que acabara de se enganar, cai em si, descrente do que fizera..

Percebo que esta, assim como a morte, esconde misterios, que talvez nem a lucida loucura, ou quem sabe a dislexica sabedoria humana consiga expor..


;)

Hoje eu acordei para sorrir mostrar os dentes.. :D

HAPPY? YES!

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Não por tudo que eu faça, mas por tudo que tu és..

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E quem entenderá!?

Não seria então a morte, além da maior duvida da humanidade, o que torna todas as pessoas iguais?! Ninguém explica, mas justifica. Ninguém quer, mas aceita. Todos conhecem, mas ninguém espera. Ela vem, em alguns casos com uma sorrateira justificativa, em outros inexplicavel crueldade.

A morte.. A morte.. Sempre deixando-nos a sensação de impotencia, de fracasso.. A morte..

E se forem dos nossos, atingidos pela tal, cantaremos com o mais grave som.. "É tão estranho, os bons morrem jovens.."



Sem inspiração pra escrever.. Mas aqui uma singela homenagem ao colega Cleonir, Negão!
Você deixou saudades.. Descanse em PAZ!

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Na suavidade de meus pensamentos..

Um dia um garotinho me olhou e disse: "Ô tia, porque nós crianças demoramos tanto à ser gente grande?! Eu queria poder ter meus filhos, dirigir meu carro, ganhar meu proprio dinheiro pra comprar todos os brinquedos do mundo..." Eu com aquele ar de boa recordação infantil disse à ele: "É exatamente por isso que precisa-se de um certo tempo pra ser adulto. Você precisa primeiro aprender que chorar nem sempre representa tristeza, sorrir nem sempre representa felicidade, responsabilidade não é simplesmente cumprir o dever de casa e viver não é simplesmente dormir e despertar". Notei que aquela criança desejava algo mais, estava impaciente, talvez como a maioria dos que tinham a sua idade, aproximadamente 5 anos. Olhei novamente dentro de seus olhos e pedi pra que por uma semana notasse toda a rotina de seus pais, para que pudessemos falar um pouco sobre o tal tempo de ser gente grande...

Soube que durante essa semana, Kim, como era carinhosamente chamado por seus pais, pouco brincou observado tal rotina... Queria saber sobre o trabalho, as conversas, quanto tempo dormiam, com quem brincavam nas horas vagas e principalmente porque desligavam os celulares quando chegam em casa.

Pra não esquecer de nenhum detalhe, Kim anotou tudo, inclusive as refeições escolhidas. Ansioso pelo dialogo que teria comigo. No dia e hora marcada, Kim estava com seu caderno e os olhinhos brilhavam como se pudesse ultrapassar todas as fases que lhe esperavam. AO ver aquele lindo menino abrir seu caderno, sem que nada pudesse dizer antes, ele mesmo apontando para si disse: "Tia, eu não tenho que comer rápido para voltar ao escritório e nem tampouco sair sem a sobremesa, porque estão observado os maus funcionarios, para possivel redução nos quadros... EU não preciso mentir que sinto dores para ficar mais alguns minutos com meus filhos, porque se não for trabalhar para anima-los, talvez no dia seguinte faltará algo para eles e ainda tem mais, eu nunca desligo meu celular para não ser pertubado por pessoas chatas, pois além da minha familia só o André tem meu numero e ele é meu melhor amigo... Tia, você sabia que quando volto na escola, após fazer toda a tarefa, posso brincar até meus pais chegarem e eles sempre demoram"

Eu, ainda olhando para aquele pequeno ser, que demonstrou à mim sabedoria singular, o interrompi dizendo: "Meu amado, tudo na vida tem seu tempo. Há tempo de nascer, tempo de morrer... Todas as tuas fases guardam em si uma essencia peculiar, que não se repetem com o transcurso do tempo. Vale a pena viver cada fase ao seu tempo, vale a pena viver, vale a pena sonhar. O que não a pena, além de uma alma pequena, é sonhar enquanto os dias passam e se proibir de viver, para existir..." Ele, após copiar tudo quanto havia ouvido, rascunhando uma dedicatória disse orgulhosamente à mim: - É simples saber do que realmente importa, do que é válido, do que é legal na vida. Dificil é encontrar tempo, quando se quer dinheiro, encontrar sinceridade, quando não se é sincero, encontrar amigos quando a deslealdade quer reinar... E quando já ouvia a voz de seu colega André, que repidatemente o chamava para retomar o jogo do dia anterior, dissera, eu ainda não tenho uma gota de seus problemas, nem tampouco dos problemas de meus pais e prefiro assim.

Eu muito pensativa com tudo que concluira aquele menino tão infantil em seus passos, pensei em meus proprios dias, em minhas proprias vontades futuras e em meus proprios sonhos, percebi que eu também como aquele pequeno menino, pensava diuturnamente no que serei amanhã e assim deixarei de viver o meu HOJE!

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